
Fatos Curiosos Sobre as Camisas da Copa de 94
A Copa de 94 como todas as outras teve seus altos e baixos, mas se formos analisar como um todo veremos que foi um grande evento. Mesmo sendo sediado no EUA que na época não tinha muita tradição no futebol, pudemos ver um evento muito organizado e com uma excelente média de público.
A competição também ficou caracterizada por diversos fatos marcantes: o verão americano que castigou os jogadores em jogos disputados em horários inconvenientes, as surpreendentes seleções de Suécia e Bulgária, o golaço de Saeed Al-Owairan para a Arábia Saudita, os cinco gols do russo Oleg Salenko em um único jogo e o fato de ter sido a última Copa com apenas 24 seleções (a partir do Mundial da França, em 98, o número subiu para 32), entre outros.
Além desses fatos tivemos outro assunto muito bem discutido na época. Os uniformes de algumas seleções causavam nas pessoas todos o tipos de reações como personalidade, beleza, estranheza, curiosidades e histórias atraentes. Em uma época que as pessoas não estavam muito acostumada com coisas fora dos padrões. Veja alguns fatos curiosos.
Sem Nike
Naquela época a Nike ainda não dominava o futebol como domina hoje, a gigante fornecedora só começou a ganhar força em 98 onde teria seu logo em 10 da 32 seleções.
Jorge Campos: goleiro, designer, comentarista e vendedor de tortas
Esse goleiro era uma figura. Não tinha como não vê-lo em campo. Seu uniforme destoava de todos os outros com cores vibrantes e desenhos exóticos. Mas o que muitos não sabem é que o goleiro era o próprio designer de suas camisas.
Natural de Acapulco, sua maior inspiração era a praia. As ideias surgiam dos surfistas, dos animais e da natureza. Campos disputou três Copas do Mundo, em 1994, 1998 e 2002, e foi na primeira em que inaugurou para o mundo seu estilo mais exótico. Encerrou a carreira em 2006 e hoje, além de atuar como comentarista, é dono da Sportortas-Campos, famosa franquia mexicana de fast-food de tortas e que possui um cardápio bem característico.

Quem fez a camisa da Itália?
A camisa da seleção italiana não possuía nenhum logotipo de seu fornecedor. Pode ser algo que foi acordado pelos italianos, tentando manter a elegância e tradição de sua camisa. Isso nem pode se passar na cabeça de alguém hoje em dia. O futebol tem sido uma bela propaganda para as marcas e não aparecer em uma camisa não faria nenhum sentido no investimento.
Tinha Adidas pra todo lado
Em 94 a Adidas já dominava o mundo esportivo e era fornecedora de 10 das 24 seleções da copa. O que mais chamou a atenção foi que suas camisas não tinham um padrão visual. Cada seleção tinha uma característica diferente em sua camisa, e nem mesmo as famosas 3 listras apareciam em todos os uniformes.
A Espanha optou por um modelo um tanto quanto exótico: pequenos losangos verticais, nas cores da bandeira espanhola, decorando o lado direito da camisa e esquerdo do short (estilo que também foi implantado nos uniformes reservas de Argentina e Noruega). Gerou certa estranheza. Para piorar, o logotipo da fabricante ainda foi bordado sobre os desenhos no short e causou enorme desarranjo visual, o que rendeu muitas críticas no país.

O design mais simples foi utilizado por Noruega, Suécia, Romênia e Bulgária: uma camisa praticamente lisa, com exceção de marcas na parte inferior, com dois grupos de três listras grossas cada, um em cada lado do corpo, que apontavam em diagonal para cima. Os calções também traziam as listras nas mesmas cores utilizadas nas camisas.

A marca também foi responsável por um dos trajes mais memoráveis da historia da seleção americana. A camisa do segundo uniforme fez referencia à bandeira dos Estados Unidos, contendo inúmeras estrelas sob um fundo azul, com detalhes em vermelho.
Ousadia e lágrimas
A seleção nigeriana teve um look ousado na Copa de 94. Com uma camisa a la Africa, os nigerianos se destacaram com seu uniforme com retângulos verdes. Muitos diziam até que se pareciam com um pijama.
A inovação trouxe alegrias e dissabores. A imagem do atacante Rashid Yekini chorando e levantando suas mãos aos céus, agradecendo o primeiro gol da Nigéria em mundiais, é de arrancar lágrimas do menos sentimental dos seres humanos. No entanto, em uma votação recente de um site esportivo europeu a respeito de trajes usados em mundiais, o famoso modelo nigeriano foi eleito o mais feio da história das copas.