Empate saiu barato para o City

Nesta quarta-feira (6), o City foi até Paris para enfrentar o PSG pelas quartas-de-final da UCL. Conforme tem sido dito neste blog, o time da capital francesa vinha sendo tido como favorito no confronto – e com razão.

No entanto, as coisas no futebol nunca são tão simples quanto as previsões que o cercam antes de uma partida importante. Por exemplo, surpreendeu ver o City buscando o ataque desde o primeiro instante de jogo. Mas por outro lado, o que não foi surpresa nenhuma foi o PSG chegando com perigo ao entrar na defesa do City em verdadeiras crateras deixadas no setor entre a zaga e a volância.

Isso não aconteceu a todo momento, claro. A dupla de volantes mostrou solidez na marcação e evitou por várias vezes uma entrada ou outra mais incisiva dos donos da casa também. Mas ainda assim, houve lances em que a meta de Hart esteve verdadeiramente em perigo, como numa chegada de Ibrahimovic, por exemplo.

Que homem gigantesco esse Joe Hart, né?!
Que homem gigantesco esse Joe Hart, né?!

E falando em Hart e Ibra, não dá pra deixar passar em branco o pênalti defendido pelo arqueiro do English Team. O empate de hoje passa, sem qualquer sombra de dúvida, diretamente por esse lance.

Ontem, Pellegrini havia dito que o City não se contentaria em esperar o adversário vir e segurar o empate. E não é que De Bruyne tratou de colocar o time em vantagem depois de uma roubada de bola sensacional de Fernando no meio de campo? Pois é. O problema é que não demorou nada para que o PSG empatasse numa bobeada do mesmo Fernando.

Na volta pra segunda etapa, o City pareceu querer contrariar a ordem do treinador e fincou suas bases no campo de defesa. A partir daí, não surpreende saber que o PSG martelou o City até conseguir a virada, com Rabiot. E depois disso, o City continuou a ser encurralado em seu campo de defesa e quase tomou o terceiro, quando Ibrahimovic acertou a trave de Hart e Cavani mandou pra fora na sequência.

Mas mesmo quando o PSG era melhor em campo, criava mais chances e tinha uma diferença absurda de posse de bola, o City tratou de achar um valiosíssimo gol de empate com Fernandinho numa bola mascada que entrou chorando na meta de Trapp.

Um dos homens dessa imagem não mereceu o 7x1. Dica: é o que está chutando de bico
Um dos homens dessa imagem não mereceu o 7×1. Dica: é o que está chutando de bico

Se Pellegrini não foi à França pensando num empate, talvez a partir desse momento em diante ele tenha entendido quão bom era esse resultado. E justamente por compreender a importância em manter a igualdade no placar, não demorou muito para que ele sacasse De Bruyne e reforçasse a marcação no meio de campo ao promover a entrada de Delph. A alteração foi sábia e pontual não só pela questão tática, mas também porque De Bruyne ainda está voltando de lesão e certamente ainda não tem condições de permanecer em campo durante 90 minutos.

Depois do empate, o City pareceu sentir que talvez pudesse até mesmo arriscar um pouco mais para buscar a vitória. Fora de campo, Pellegrini também enxergou isso e resolveu colocar mais um atacante quando trocou Silva por Bony. E é justamente aí que mora o problema. Já que o engineer queria partir pra cima de uma dupla de zaga já cansada e com uma de suas peças já amarelada, a alteração óbvia seria colocar alguém que fosse veloz para forçar a defesa. Logo, a alteração ideal seria a entrada de Iheanacho.

É bem verdade que Bony passou a ser o único atacante do time não muito tempo depois quando Pellegrini tirou Agüero e colocou Kolarov para reforçar a marcação em todo o lado esquerdo do City, mas ora, Iheanacho certamente teria feito um impacto muito maior na partida do que Bony.

Mas pela circunstância geral, estamos longe de poder reclamar do resultado. O 2 a 2 foi, na verdade, um resultado imenso. Ao longo dos 90 minutos, o City esteve muito mais perto de sair do Parc des Princes com uma derrota do que com uma vitória.

Por outro lado, hoje o City está, ao menos na teoria, muito mais perto das semi-finais da Champions do que o PSG, já que não só uma vitória simples, mas também empates por 0 a 0 ou 1 a 1 colocam o time de Pellegrini entre os quatro melhores da Europa.

Na teoria, porque é sempre importante lembrar algo: as coisas no futebol nunca são tão simples quanto as previsões que o cercam antes de uma partida importante.

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