
O trajeto do Real até a final
O Real Madrid viveu uma dura transição na arrancada da Champions League. Domulticampeão e bem quisto no vestiário Ancelotti, ao muito contestado Rafa Benítez.Do mercado, voltaram Casemiro e Lucas Vazquez dos empréstimos com multa, foram contratados Kiko Casilla, Danilo e Kovacic. Participação tímida de um dos maiores protagonistas das janelas europeias. Porque havia uma base mantida.
O novo comandante desenhou um 4-2-3-1, inutilizado em Madrid desde a era Mourinho. Modric e Kroos na dupla de volantes, Bale no centro da linha de três, com Cristiano e Isco/James abertos e Benzema avançado.Marcação falha, que fizeram com que o Shakhtar incomodasse. Com Kovacic no lugar do Bale após lesão, duas linhas de quatro mais bem postadas. Três gols de Cristiano e um de Benzema no primeiro triunfo.

Contra o Malmo, mudanças forçadas por lesão e visando descanso: Nacho e Varane na zaga, Arbeloa na esquerda, Casemiro com Kroos e Kovacic no centro, Isco com Cristiano e Benzema na frente. 4-3-3. Vitória tranquila, mas sem jogar tão bem. Dois de Cristiano Ronaldo.

Em Paris, manutenção do 4-3-3. Sem Bale e Benzema, Lucas Vazquez e Jesé com Cristiano na referência. Solidificação de Casemiro no centro do campo. Empate por zero a zero com bons trechos de domínio madridista durante o jogo.
Na visita parisiense a Madrid, inversão no panorama em relação ao jogo da ida. Pressão do PSG com alta intensidade e muitas chances de gol. Sem Benzema e Bale outra vez, Nacho foi o artilheiro da partida. Vitória magra do Real de Benítez, dominado em casa.

Benitez seguiu rotacionando. Na visita a Ucrânia, Casillas no gol, Pepe ao lado de Varane na zaga, Nacho na esquerda, Kovacic no meio e Bale de volta ao ataque. Dois de Ronaldo, um de Modric e um Carvajal. Quatro gols em setenta minutos de uma boa atuação. Apagão com três tentos do Shakhtar em onze minutos, mas ainda assim, vitória do Madrid.
Na visita do Malmo ao Bernabéu, Benítez não contou com oito titulares desde o começo, por diversos motivos. Contudo, Cristiano Ronaldo estava lá. Quatro gols do Português, três de Benzema com mais um do jovem promissor Kovacic. Oito a zero. Melhor campanha da primeira fase.
Benitez caiu, Zidane assumiu e o sorteio mandou o Madrid a Roma nas oitavas. Sem Bale, o francês relembrou os tempos de Ancelotti, montando duas linhas com James e Isco abertos, Modric e Kroos por dentro com Cristiano avançado ao lado de Benzema. Um golaço do português e um tento de Jesé.

Vantagem administrada no Bernabéu. Outra vez sem Benzema, James foi escolhido para o trio de frente com Bale e Cristiano. No meio, a trinca preferida de Zizou: Casemiro, Kroos e Modric. Mais um do português, com outro de James para carimbar a vaga as quartas. O Madrid de Zidane era mais vistoso.
Mas foi surpreendido em Wolfsburg. Com o onze de gala, tendo Danilo na vaga de Carvajal,o Madrid não apareceu para o jogo na Alemanha.
Atuações abaixo do trio BBC, gols de Ricardo Rodriguez e Arnold e obrigação deremontada no Bernabéu.
Sem problema, porque Cristiano Ronaldo estava lá. Com Carvajal de volta, autor da assistência do primeiro gol, o maior artilheiro da história da Champions marcou três, numa noite onde o Madrid teve a alma e o espirito necessários para chegar a uma semifinal europeia.

Em Manchester, o Real sofreu com a ausência de Cristiano Ronaldo. Não houve poder de fogo, embora Kroos e Modric tenham conduzido o time de forma magistral. De toda forma, o time não foi ferido para a volta no Bernabéu.

Com Cristiano, mas sem Casemiro e Benzema, novo recital de Kroos e Modric. O dupla de meio campistas conduziu o time de forma intensa nos passes e nos movimentos. Na frente, o gol de Bale definiu, sem sofrimentos apesar da vitória magra, mais uma final para o Madrid.

O Real Madrid está em Milão. Em seus doze jogos, os madridistas triunfaram nove vezes, empataram duas e perderam apenas uma. Foram vinte e sete gols marcados e apenas cinco sofridos – nenhum deles em casa.
Chegam conduzidos por Cristiano Ronaldo, autor de dezesseis gols em onze jogos e sob a batuta de Zidane, o técnico que mexeu onde parecia obvio, mas também conseguiu reerguer o vestiário.