Alemães destacam a ‘Vergonhosa eliminação’ da seleção

“Depois de um gol de mão, o Brasil foi eliminado já na primeira fase da Copa América. Para a Seleção, teria bastado um empate para continuar no torneio”, dizia uma note da revista 11 Freunde um dia após a derrota do Brasil para o Peru, dizendo que o Peru seria a Zebra das quartas de final.

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No estádio Foxborough, com lotação de 36.187 torcedores, durante a partida Brasil contra o Peru foi o juiz uruguaio, Andres Cunha, o bode expiatório para mais uma vergonhosa derrota do Brasil. Depois do claramente reconhecido gol feito com a mão e depois ainda de minutos de conversa através de áudios, Cunha reconheceu o gol a favor da seleção peruana e quebrou, como incontáveis vezes anteriormente, a frágil condição emocional dos jogadores da seleção brasileira, ela que perdeu chances durante a maior parte do jogo e não conseguiu se recuperar do choque depois do reconhecimento do gol de mão, pelo juiz. Dejá Vù?

A síndrome do 7 x 1

A seleção ainda não aprendeu a arte de manter a calma em campo quando sai em desvantagem no placar. Isso já vem de muito tempo atrás, os jogadores não são preparados mental e emocionalmente a ponto de fazer partidas horríveis quando saem perdendo no placar. O 7×1 escancarou todo o despreparo e tudo que tem de errado na CBF, que fez com que os brasileiros passassem vergonha naquele dia e deixou marcado uma era da seleção. Os cartolas se apegam no fato a do pentacampeonato do Brasil e acham que por causa disso não é necessário fazer ajustes e inovações, e o resultado disso é mais um vexame no qual a mesma seleção “pentacampeã” foi eliminada pelo Peru na primeira fase e deixada para trás junto com o Haiti! Um país onde o futebol ainda está engatinhando. Tenho inveja das pessoas que desencanaram do Brasil após aquele vexame em 2014.

Dunga saiu. Porém a carruagem não vai andar se a CBF não sofrer uma mudança radical em seus cargos de confiança em todo o seu organograma. É preciso um Plano Marshal para tirar o futebol brasileiro da situação miserável e indigna (quando eu penso na história de Pelé, Garrincha, Zico e Sócrates, só para citar alguns), em que ele teimosamente se encontra. Não vale esperar que Galvão Bueno adote uma postura crítica ao treinador da seleção (seja ele qual for) para que haja uma mudança de percepção para tornar o futebol brasileiro, seja a Copa do Nordeste, o campeonato baiano ou o campeonato brasileiro, um futebol atrativo e que encha os estádios e capaz de instigar e arrebatar torcedoras e torcedores.

Fico feliz do Brasil não estar situado na Europa, onde não terá de enfrentar mais uma vez a Alemanha, que ao contrário da CBF adota um estilo paciente de organizado de gerir seu futebol implantando um estilo desde as categorias de base. Se não fosse por isso estaríamos a mercê de mais um vexame.

Só temo a morte!

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Temer ou não Temer? Essa é a pergunta do momento

Mesmo com toda a predominância de matérias sobre a Eurocopa e a partida eletrizante entre a Alemanha e a Ucrânia na noite de domingo (12), a revista kicker ainda concede à Copa América uma matéria de cunho analítico: Carlos Dunga, que possui as características de cego e teimoso foi perguntado sobre a possibilidade de ser demitido do cargo que até agora (ainda inacreditavelmente) ocupa:

“Eu só tenho medo de uma coisa na minha vida. Da morte”, disse curto e grosso e sem perder a pose.

Dunga é assim mesmo, você já conhece. O bicho ta pegando, ta tudo dando errado e o cara acha que é o intocável, sendo irredutível em suas idéias.

O próximo abacaxi

No dia 29 de junho será nomeada a seleção que irá disputar as Olimpíadas. A pressão também está pré-programada. A seleção nunca conquistou uma medalha no futebol nas Olimpíadas. Qual seria o melhor lugar a não ser a conquistar essa glória na cidade maravilhosa e cantata pelos 4 cantos do mundo pelo mestre Jobim?

Dunga ainda veio com uma conversa que apenas ele mesmo acreditava:

“Nós tentamos recompor a seleção depois da Copa do Brasil. A Alemanha trabalhou durante 14 anos pra conquistar o título. Do Brasil as pessoas esperam que a gente faça isso em 2 anos”.

Claro que não! Não houve mudança alguma. Tudo ficou na mesma. O que eles querem chamar de mudança?

Abacaxi número 2

Como se as tragédias envolvendo a seleção brasileira num passado recente e nos últimos dias, tem também um outro abacaxi que são os jogos de classificação para a Copa da Rússia em 2018: o Brasil se encontra no sexto lugar da tabela de classificação.

As redes sociais bombaram na segunda-feira dia 13. Tinha muito lamento e também muita piada. Pessoas postando fotos de ex-craques como Rivelino, Pelé, Ronaldo, Romário e ainda fotos de Cafu levantando a taça dizendo: “ Você tem esperança de ver isso novamente?” . Mas não adianta o lamento, o que precisamos é de uma reforma geral em nosso futebol desde o incentivo as crianças até o futebol profissional caso o contrário continuaremos  passando vexames até chegar a um nível de Haiti.

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