Cinco zebras que chegaram na final da Libertadores

Em 2016, Independiente del Valle reedita história de equipes marcantes na maior competição sul-americana de clubes

Tido como “caixinha de surpresas”, o futebol segue surpreendo. Pela primeira vez na história, a final da Copa Bridgestone Libertadores é composta por equipes do Equador e Colômbia. Independiente del Valle e Atlético Nacional duelam na noite desta quarta-feira (20 de julho), no estádio Atahualpa, em Quito, e para o time da casa, a decisão tem um gosto especial: o clube pode ser campeão da América mesmo sem nunca ter levantado um título nacional.

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Em 56 edições do torneio, o fato inusitado aconteceu somente uma vez. Em 2002, o então clube sensação do futebol brasileiro, o São Caetano, chegou à decisão da competição. O Azulão acabou ficando com o vice-campeonato depois de ser superado pelo Olimpia (PAR), mas como o atual Del valle e tantos outros, o time do ABC paulista ficou marcado na história da competição.

Cobreloa – 1981

Time oriundo dos mineiros da trabalhadores do Chile, o Cobreloa desbravou a competição continental no ano de 1981. Deixando para trás clubes como Universidad de Chile, e os rivais Nacional e Peñarol, do Uruguai, a equipe só parou na final da competição, quando foi derrotada pelo Flamengo de Zico e cia.

Argentinos Juniors – 1985

Clube que revelou Diego Maradona para o futebol, o Argentinos Juniors, pequena equipe de Buenos Aires, surpreendeu a América no ano de 1985. Durante a heroica campanha que culminou no título da Libertadores, os Bichos Vermelhos, como são conhecidos, eliminaram Vasco da Gama, Fluminense, então campeão brasileiro, e o Independiente (ARG). Na final, a equipe do maestro Sérgio Batista, que anos depois treinou a Albiceleste, e Claudio Borghi, com passagem posterior pelo Flamengo, bateu o colombiano América de Cali.

São Caetano – 2002

Vice-campeão nacional nos dois anos anteriores, a terceira temporada em busca de um título foi o ponto alto do São Caetano. Durante aquela edição da Libertadores, o clube comandado por Jair Picerni eliminou o então segundo maior campeão do torneio, o Peñarol, nas quartas de final. Antes de chegar à decisão, o Azulão passou pelo América do México. Na finalíssima, a equipe do ABC paulista enfrentou o Olimpia (PAR). Após vencerem fora de casa (1 a 0), o esquadrão composto por Sílvio Luiz, Adãozinho e Adhemar não conseguiu segurar o empate e perdeu por 2 a 1, o que levou o duelo para os pênaltis. Depois de oito cobranças, o título ficou com os paraguaios em pleno estádio Pacaembu.

Once Caldas – 2004

No ano em que a Grécia foi campeã de seleções da Europa, o maior torneio de clubes da América do sul também viu uma zebra. Após a surpreendente classificação em primeiro na fase de grupos, o Once Caldas não parou por aí e enfileirou três clubes até a decisão: Barcelona (EQU), Santos e São Paulo. Na final, o time colombiano enfrenou o Boca Juniors, atual campeão na época. Após empates por 0 a 0 e 1 e 1, o título foi conquistado nos pênaltis, com placar de 2 a 0, no estádio Palogrande, em Manizales.

LDU – 2008

Longe das conquistas dos maiores clubes do Equador, a Liga Deportiva Univertária, ou LDU, precisou da Libertadores para aparecer no cenário do futebol. Comandado pelo argentino Edgardo Bauza, o time eliminou dois clubes do país do treinador ao longo da competição: Estudiantes e San Lorenzo. Na final, Los Universitarios enfrentaram o Fluminense. Com placar de 5 a 5 no agregado (4 a 2 para a Liga, no Equador, e 3 a 1 para o Tricolor, no Maracanã), a decisão foi decidida nos pênaltis. Após ter marcado três gols na partida derradeira – único jogador a conseguir o feito -, Thiago Neves viu o goleiro Cevallos defender o seu pênalti, assim como nas cobranças de Conca e Washington, que decretaram o primeiro título do equatoriano na competição.