Seleção olímpica pode trazer de volta nossos tempos de glória

Vários portais da mídia esportiva estão noticiando uma possível permanência da seleção Sub-23. A categoria que existe apenas no calendário olímpico, ou seja, não possui mundial da categoria, pode ganhar sequência visando os jogos de 2020 em Tóquio.

Uma medida justa, se levarmos dois fatos em consideração: a CBF precisa, e com certeza já percebeu isso, que deve segurar o treinador Rogério Micale para perto dela, seja no Sub-17, Sub-20, Sub-23, ou até mesmo na comissão de Tite, para prepará-lo como futuro treinador da seleção. Outro fator que deve ser levado em consideração, parece ser o mais óbvio, porém a CBF só se tocou agora (mas que bom que se tocou), já que a entidade valoriza tanto o ouro olímpico, por que diabos essa seleção já não era efetiva? Se há tanto desejo assim pelo título precisa haver uma preparação especial.

Sem querer a CBF pode dar um grande passo para a tal “identificação com o povo brasileiro”, pois se analisarmos veremos que essa seleção olímpica possui, em maior número, jogadores que atuam nos clubes brasileiros. A ideia da confederação é utilizar as datas FIFA para realizar amistosos, já que na próxima temporada brasileira, segundo a própria, não haverá jogos respeitando o calendário internacional. Caso isso realmente aconteça a seleção Sub-23 pode ser muito além de um simples ciclo olímpico, será a chance de haver um caminho de adaptação para a canarinho, já que os jogadores convocados, provavelmente, não terão experiências na seleção principal, podendo servir de um bom laboratório.

Ai você pode se perguntar: “mas as seleções Sub-17 e Sub-20 já não servem pra isso?”. Não, infelizmente. Quantos destaques das seleções Sub-17 e Sub-20 tiveram chances na principal? Sabemos que nem todos, muitos porque realmente não desenvolveram como deveria, muito por causa da nossa incrível arte de queimar joias. A Sub-23 é diferente, os caras que são convocados para essa categoria já são realidades em seus clubes, mas não tiveram ainda o brilho necessário para estar na principal. Uma espécie de Seleção B, só que com um limite de idade.

Esses jogadores que irão defender a amarelinha nos jogos Rio-2016 estão demonstrando a realização de um sonho particular deles, só rever as declarações dos jogadores nas entrevistas, inclusive a entrevista do meia Valdívia, do Inter, que não foi convocado, mas demonstrou o quanto ele se esforçou para estar lá. Isso sim é o que vale! Esses jogadores possuem tudo que o torcedor está pedindo, identificação, comprometimento, habilidade e desejo de estar ali. Não há dúvidas que os próximos a passar por essa categoria vão chegar com o mesmo desejo.

Há um detalhe, um incômodo detalhe na verdade. Como tudo em nosso futebol infelizmente depende de resultados, caso essa seleção olímpica não vença o “tão sonhado ouro”, já se especula que todo esse promessa venha por água abaixo e o treinador Rogério Micale iria para a seleção Sub-20. A esperança é que Tite, mesmo em caso de fracasso, convença a entidade, pois vem demonstrando um ótimo relacionamento com Micale, além de ter muita moral lá dentro. A ideia é boa e pode traçar novos caminhos, mas a controvérsia da obrigação pelo resultado só expõem o despreparo dos dirigentes.

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