
Götze e a muralha amarela
De uma coisa podemos ter certeza, Götze teve muita coragem ao não só optar por voltar ao Borussia, mas como também em priorizar o clube alemão. Gotze teve sondagens da Juventus, Inter de milão, Liverpool, Arsenal, Chelsea, PSG e outros clubes da Europa. Também poderia ter optado pela permanência no próprio Bayern, mas ele estava decidido a aceitar o seu retorno ao BVB, mesmo sob protesto da torcida.
Diferente do acontecido no seu ultimo jogo no signal iduna (Durante a lendária goleada por 4-1 sobre o Real Madrid em 24 de Abril de 2013, Mario Götze fazia seu último jogo no estádio do BVB), onde foi bastante aplaudido, era esperado vaias, protestos, ofensas por parte da muralha amarela, mas o que aconteceu foi totalmente o oposto. Nesta sexta-feira na vitória por 3-1 sobre o Freiburg, após 1248 dias, o meia esteve novamente em campo como jogador do BVB no Signal Iduna:
“Naturalmente que te passa uma ou outra ideia pela cabeça, eu não sabia o que esperar. Eu tinha grande respeito por esta noite”, disse Gotze após o jogo. No final, ele constatou estar “agora, muito, muito feliz.”
“Foi simplesmente uma linda sensação, como reagiram os torcedores quando a substituição foi feita. Foi um momento fantástico para mim.”, sobre os caloroso aplauso das arquibancadas quando, aos 71 minutos, Guerreiro entrou no seu lugar.
“Estou muito feliz por estar no campo com tais jogadores. Se nota como é divertido, mas também o quão duro trabalhamos juntos. Como jogamos para a frente e temos uma grande ambição, queremos sair vencedores e marcar gols.”
“Estamos no caminho certo, queremos ir jogo a jogo e marcar pontos”, disse ele antes de se dirigir em direção ao vestiário.
Gotze hoje colhe sentimentos diferentes daqueles que ele aguardava. Considerado como traidor, Gotze voltou a ter o apoio da muralha amarela e a mesma espera que ele não volte a cometer o mesmo erro de 3 anos atrás e volte a recuperar o seu grande futebol. Verdade seja dita, Mario não deveria ter saído do BVB naquele momento.