Finalistas da Champions League com times caseiros

Hoje em dia, os clubes de ponta não estão lá muito preocupados em fazer times com jogadores naturais de seu país, a realidade é que se escolhem os melhores do mundo e montam suas próprias seleções sem se preocupar com as nacionalidades.

Pelo motivo citado, realizamos  um levantamento para saber quais foram os times que se destacaram na Liga dos Campeões somente com jogadores e técnicos oriundos de seus respectivos países, ao melhor estilo de produção caseira.

A maioria dos clubes são das gerações mais antigas, pois antigamente não era tão fácil como hoje de se comprar e vneder jogadores estrangeiros.

Na história do certame continental, seis escretes chegaram à decisão integrando exclusivamente em suas fileiras jogadores e treinadores “da casa”. Quando se fala em êxitos, esse número cai pela metade. Apenas três deles foram campeões.

Em primeiro lugar temos o Real Madrid com uma questão única. Los Blancos fizeram uma grande final em que enfrentaram o clube do Partizan da Iugoslávia onde os dois clubes eram formados apenas por jogadores nacionais. A batalha foi travada no estádio Heysel na cidade de Bruxelas em 1966.

De um lado, apenas atletas nascidos em território espanhol, sob o comando de Miguel Muñoz. Do outro, somente jogadores de origem iugoslava, orientados por Abdulah Gegić. De virada, o time ibérico levou a melhor por 2 a 1 e sagrou-se hexacampeão.

No ano seguinte tivemos outra final com o Celtic totalmente preenchido por escoceses contra a Internazionale que dispunha apenas de um técnico argentino e o resto do time italiano. O Celtic saiu vencedor do confronto que aconteceu na cidade de Lisboa.

Há pouco coroada bicampeã europeia, a Internazionale abriu o placar graças a um pênalti convertido por Sandro Mazzola. Com a vantagem, os italianos adotaram a retranca como estilo de jogo e permitiram o ataque do Celtic, que consumou a vitória no fim.

E para finalizar, o ultimo clube que era 100% nacional foi o Steaua Bucareste na final de 85-86. O time da Romênia que tinha como técnico Emerich Jenei, enfrentou o Barcelona e conquistou o título nos pênaltis.

Após 120 minutos sem bola na rede, coube ao goleiro Helmuth Duckadam brilhar e defender as quatro cobranças adversárias, de Alexanko, Pedraza, Pichi Alonso e Marcos, sendo mais tarde chamado de “o Herói de Sevilha” em virtude de sua façanha.

Além desses clubes também tivemos o Stade de Reims da França nas temporada de 56 e 59 e o Frankfurt de 1960 decidindo a Champions com um elenco totalmente nacional. Se não colocarmos os técnicos nas contas do elenco, ainda temos Bayern de Munique, Panathinaikos, Malmö, Internazionale e Benfica ficando com 11 clubes 100% nacionais.

Dos times mencionados, todavia, só o então poderoso Benfica do húngaro Béla Guttmann celebrou a volta olímpica, em 1961 e 1962, derrotando Barcelona e Real Madrid, respectivamente. Na mesma década, perderia as finais de 1963, 1965 e 1968, comandado pelo chileno Fernando Riera, pelo romeno Elek Schwartz e pelo brasileiro Otto Glória.

Hoje em dia os clubes tem muita facilidade em fazer contratações estrangeiras e ainda existem as muitas maneiras de se naturalizar um jogador, fazendo assim um clube ser 100% de jogadores nacionais uma coisa rara. Não estou defendendo o racismo e a diminuição de oportunidades para estrangeiros. Porém acho legal analisar algumas coisas que estão acontecendo no futebol atual.

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