O talento espanhol nas mãos de Julen Lopetegui

Ex-goleiro do Barcelona e do Real Madrid e ex-treinador do Porto, onde comandou o plantel por duas temporadas. Hoje Lopetegui está com 50 anos de idade e tem a missão de reformular a Seleção Espanhola e resgatar o bom futebol depois de anos de trabalho de Vicent Del Bosque.

Lopetegui foi técnico das Seleções de base da Espanha no sub-19, sub-20 e sub-21 entre 2010 e 2014. É um treinador que conhece a fundo o futebol do país e pode fazer com que os jogadores da Seleção atuem com grande técnica e precisão, sempre com controle e posse de bola para conseguirem resultados expressivos.

Com Del Bosque a Espanha conquistou duas vezes a Eurocopa (2008 e 2012) e a Copa do Mundo em 2010. Quem não se lembra de Torres marcando contra a Alemanha na final em 2008 ou do controle total da Espanha contra a Itália em 2012? Esse é o reflexo de um trabalho que estava sendo bem feito, mas que se desgastou com o passar dos anos. Depois do título de 2010 contra a Holanda, a Seleção teve uma certa queda de rendimento. Na Copa das Confederações em 2013, perdeu a final para o Brasil, em 2014 foi eliminada precocemente de forma decepcionante na fase de grupos da Copa do Mundo e neste ano durante a Eurocopa não conseguiu render o esperado: com duas vitórias e duas derrotas, a Seleção foi eliminada por 2 a 0 contra a Itália. O único destaque positivo da competição para os espanhóis foi a precisão de Morata que marcou 3 gols em 4 jogos.

Jogadores como Xavi e Puyol já se aposentaram da Seleção há algum tempo, mas mesmo assim se formos analisar, o futebol espanhol tem cerca de 60 jogadores de talento e potencial para defender o país nas competições internacionais. Boa parte desses jogadores inevitavelmente atuam nos três principais clubes do país (Barcelona, Real e Atlético), mas também existem outros mais esquecidos pela mídia e pelos torcedores que atuam em outros clubes menos comentados, mas que estão jogando bem.

Lopetegui e Morata durante treino da Seleção.
Lopetegui e Morata durante treino da Seleção.

Iker Casillas e Pepe Reina não estão rendendo tanto, como anos atrás e as melhores opções atualmente são: David De Gea (Manchester United), Sergio Rico (Sevilla) e Kiko Casilla (Real Madrid). Na defesa, Sergio Ramos e Piqué são os jogadores mais experientes para atuarem como zagueiros e Bartra que está no Borussia Dortmund aparece como opção. Pelos flancos a Espanha tem jogadores como: Bellerín, Manquillo, Maffeo, Gayá, Alba, Carvajal, Grimaldo, Nacho, Azpilicueta, Juanfran, Monreal, Bernat, Marcos Alonso, Alberto Moreno, Vidal, Sergi Roberto e Luís Hernández.

Entre os meias e volantes, a Espanha conta com o maior número de opções de qualidade. Tomas Pina, Aleix Garcia, Bruno Soriano, Vitolo, Parejo, Busquets, Denis Suárez, Iniesta, Isco, Thiago Alcântara, Ander Herrera, Juan Mata, Santi Cazorla, Gabi, Koke, Saúl, David Silva, Jesús Navas, Óliver Torres e Fàbregas.

Na frente, destaco treze jogadores que disputam vaga para estarem na Seleção: Deulofeu, Lucas Vázquez, Paco Alcácer, Alvaro Morata, Fernando Torres, Nolito, Lucas Pérez, Diego Costa, Pedro, Callejón, Adrián López, Suso e David Villa.

De todos os nomes citados, vale fazer algumas observações: Maffeo e Aleix Garcia estão com apenas 19 anos, mas já atuam no plantel principal da equipe de Guardiola e logo vão despontar no mundo do futebol, Grimaldo é um dos jogadores mais promissores do futebol europeu na atualidade, Tomas Pina foi um dos principais jogadores da equipe de Marcelino no Villarreal e agora é um dos destaques entre os meias do Club Brugge da Bélgica e tem capacidade para jogar pela Seleção, assim como Gabi e Herrera que nunca foram chamados e entre os atacantes, David Villa e Torres podem serem considerados “velhos” ou ultrapassados, mas estão vivendo bons momentos em seus clubes e poderiam somar experiência e qualidade (Ambos já provaram anos atrás que são capazes de defenderem a Espanha).

Jogadores de talento não faltam, basta apenas sabedoria por parte de Lopetegui para conseguir encaixar um esquema ideal, convocar um plantel forte e administrar a Seleção para que possam sonhar e fazerem bonito em 2018 na Rússia e quem sabe conquistar mais um título para o país que já tem três títulos da Eurocopa (1964, 2008 e 2012) e uma Copa do Mundo (2010).

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