
Os melhores meias-atacantes do mundo
Malícia, criatividade, ritmo e confiança: essas são as características dos melhores meia-atacantes. Algumas vezes chamados de “Camisa 10”, eles são os caras que ficam à vontade tanto marcando os gols quanto armando as jogadas. Com carta branca para correr pelo campo e explorar o espaço, a capacidade abundante de fazer algo aparecer do nada faz deles os jogadores mais agradáveis de se ver.
1 – Kevin de Bruyne (Manchester City)
Será que vender Kevin de Bruyne tão cedo ficará como um dos grandes enganos de José Mourinho? Seu atual manager certamente o aprecia, e dá para suspeitar que a perspectiva de trabalhar com jogadores como o belga tenha sido um fator importante na mudança de Pep Guardiola para o Manchester City.
“O jeito como De Bruyne jogou em 18 meses em Wolfsburg foi uma loucura”, disse Guardiola no ano passado, antes de chegar à Inglaterra.
De perto, ele ficou ainda mais impressionado, chamando-o de “um dos melhores jogadores que já gerenciei” no começo desta temporada, o que é um grande elogio, considerando os nomes que já passaram pelas mãos do catalão. Sob a tutela de Guardiola, ele pode se tornar ainda melhor.
2 – Andrés Iniesta (Barcelona)
Ainda está na ativa depois de todos esses anos. Há uma discussão quanto a ele ter a carreira mais completa de qualquer jogador na história do futebol: Iniesta foi peça central do maior clube e das maiores escalações internacionais de nossa era. Ele ainda conquistou todas as honras que poderiam ser alcançadas, além de ter marcado o gol que deu o título da Espanha na Copa do Mundo.
Se Iniesta se aposentasse amanhã, ele ainda seria um dos melhores de todos os tempos. Mas ele continua seguindo em frente, orquestrando uma nova geração no Barcelona assim como antes, embora uma lesão tenha acabado com sua temporada.
Seu estilo de futebol é refinado, mas algo de cativante sobre Iniesta é o seu prazer em jogar, ainda aos 32.
“O que eu faço no estádio é o que eu fazia no playground da escola”, disse ele recentemente. “O que eu fazia aos 12, eu ainda faço hoje”.
3 – Mesut Ozil (Arsenal)
“A venda de Ozil foi uma notícia muito ruim para mim. Ele era o jogador que melhor sabia os meus movimentos na frente do gol… Estou irritado com Ozil ter saído”.
Essa foi a reação Cristiano Ronaldo à saída de Mesut Ozil do Real Madrid em 2013, e quando o jogador com a mais inabalável autoconfiança do mundo se irrita com a saída de um colega, você sabe que o tal colega é muito bom. Para confirmar isso, Xabi Alonso chamou Ozil de “o tipo de jogador que você não encontra hoje “, e você pode ver o que ele quer dizer.
Enquanto a maioria de seus contemporâneos corre em um ritmo furioso, Ozil parece deslizar. É um jogador que abre mão do poder de fogo a favor da sutileza: ele é um dos jogadores que você gostaria de ver se movendo pelo campo e ignorar o resto do jogo. E ele também está melhorando: já tem três gols nesta temporada, contra oito de seu recorde.
4 – David Silva (Manchester City)
Um armador delicado e de baixa estatura, é uma surpresa saber que David Silva já foi goleiro na escola.
Rapidamente convertido no arrojado meia que conhecemos hoje, ele foi rejeitado pelo Real Madrid após um teste aos 14 anos, apesar de seu toque e sua criatividade já serem evidentes à época. O Real tentou retificar seu erro uma década depois, mas ele mudou do Valencia para o Manchester City e foi o orquestrador de dois títulos da Premier League desde então.
Apelidado de “Merlin” por seus companheiros de equipe, é fácil dizer que Silva é tão maior do que muitos considerando grandes e permanece como um dos jogadores mais modernos da atualidade.
5 – Dimitri Payet (West Ham)
Quem diria que alguém se estabeleceria como um dos melhores meias do mundo ao jogar pelo West Ham?
Nesta temporada, Payet criou mais chances para seus companheiros de equipe do que qualquer outro jogador na Premier League, levando à conclusão de que o início de temporada complicado dos Hammers realmente não foi culpa dele. Isso também faz imaginar a força que ele poderia ser em um clube com um ataque mais poderoso.
Após um tempo por vezes sem rumo na França, Payet finalmente se estabeleceu como um verdadeiro talento após trocar o Lille pelo Olympique de Marselha, onde ele creditou Marcelo Bielsa por dar alguma relevância ao seu nome.
Com um crescimento relativamente tardio, a Eurocopa-2016 finalmente convenceu aqueles ainda que não tinham certeza de que Payet é um dos melhores do mundo.
6 – Ryiad Mahrez (Leicester)
Alguns jogadores nesta lista parecem ter sido predestinados ao topo desde uma tenra idade, mas para outros, o caminho é mais tortuoso.
Esse último caso é verdadeiro para Riyad Mahrez, que chegou ao Leicester City depois de caminhar pela segunda divisão francesa e, mais curiosamente ainda, após um teste em St Mirren. Mahrez deixou o lado escocês de moto após decidir que o clima era simplesmente frio demais, mas já nessa época o seu talento era evidente.
“Sua habilidade era inacreditável”, disse o antigo defensor do St. Mirren, Iain Gray, no começo deste ano. “Eu pensei que fosse esmagá-lo em uma dividida. Ele só fez uma finta e eu passei voando por ele”.
Isso ajudou a impulsionar o Leicester rumo à sua incrível conquista da Premier League e rendeu muitos elogios de seus colegas.
“Mahrez é o jogador mais resistente do qual já me defendi”, escreveu Christian Fuchs. “Isso é por que ele é tão versátil com a bola nos pés. Ele pode ir com o esquerdo ou com o direito. Esquerdo, direito, esquerdo, direito de novo”.
7 – Koke (Atlético de Madrid)
É gratificante ver Koke receber reconhecimento, porque a rígida mentalidade de grupo do Atlético de Madrid e Diego Simeone raramente permitem que jogadores individuais recebam o merecido crédito.
Mas Koke é absolutamente excepcional, e se você não acredita em nós, permita que alguém com melhores credenciais explique.
“Koke é um jogador extraordinário”, disse Xavi em 2014. “Ele tem de tudo: talento, aptidão física, ele é um jogador do presente e do futuro”.
Koke foi o produto da base do Atlético e é capaz de jogar em qualquer lugar no meio-campo: Vicente del Bosque o descreve como “o meia completo”.
Sua versatilidade talvez tenha retardado sua ascensão a um titular de uma seleção nacional, mas em algum ponto o seu talento garantirá que isso aconteça.
8 – Phillipe Coutinho (Liverpool)
A Inter de Milão realizou alguns maus negócios com transferências no decorrer dos anos, mas abrir mão de Philippe Coutinho por meros £ 8,5 milhões deve ser um dos piores. Capaz de ditar o ritmo dos jogos, especialmente na ala esquerda, não é uma surpresa que Mauricio Pochettino, que o comandou no Espanyol, já disse que ele tinha “mágica em seus pés”.
Coutinho desenvolveu suas habilidades nas quadras de futsal do Rio, crescendo perto do Maracanã, mas quando era garoto ele faltou em um teste do Vasco porque era muito tímido. Claro que, no fim das contas, ele superou esse obstáculo, e embora ainda seja um pouco inconsistente, sua excelência pode vencer jogos.
“Ele nos mudou completamente”, disse Luis Suárez sobre o brasileiro enquanto estava no Liverpool — não dá para receber elogio maior do que esse.
9 – Dele Alli (Tottenham)

É fácil esquecer que, há 18 meses, Dele Alli era um jogador da League One, a terceira divisão do futebol inglês. Como não demorou para ele parecer confortável na elite do futebol, ao ponto de Alex Ferguson ter declarado que ele era o melhor meio-campista jovem que ele já havia visto desde Paul Gascoigne e Harry Redknapp. E o Sir foi além, ao declarar que preferiria Alli ao jogador mais caro do mundo, Paul Pogba.
Quando estava no MK Dons, poucos duvidavam que ele era destinado ao topo. Na época, costumava divertir seus colegas e o então manager Karl Robinson fazendo embaixadinhas com um pedaço de chiclete antes de chutá-lo para dentro da boca.
Alli falou sobre melhorar o seu lado artilheiro; se fizer isso, ele subirá rapidamente nesta lista.
10 – James Rodrigues (Real Madrid)
Um verdadeiro prodígio. De algum modo, não parece plausível que James Rodríguez ainda tenha 25 anos. Com apenas 15 anos, estreou pelo Envigado, na Colômbia. Foi contratado pelo Banfield aos 17 e se tornou o estrangeiro mais jovem a marcar um gol na Argentina.
Na juventude, a maioria das crianças sonharia em imitar os grandes nomes do futebol colombiano, como Carlos Valderrama ou Faustino Asprilla, mas, em vez disso, James idolatrava um personagem do desenho animado japonês “Super Campeões”.
Após seu brilhante desempenho na Copa do Mundo de 2014, conseguiu a transferência de seus sonhos para o Real Madrid. Embora ele tenha, ocasionalmente, encontrado dificuldades para se estabelecer na Espanha, ainda é um dos mais talentosos e potentes jogadores do mundo.