O destino de clubes com técnicos ídolos

Após uma temporada frustrante, o São Paulo decidiu recorrer a Rogério Ceni e anunciar o ex-goleiro como técnico para 2017. Dessa forma repetiu fórmula utilizada por outros clubes: apostar nos ídolos como treinadores. Será que funciona?

Há exemplos de sucesso e fracasso na atual temporada.

Finalista da Copa do Brasil e a um empate do título, o Grêmio decidiu chamar dois ídolos de uma só vez quando a má fase apertou, em setembro. Trouxe Renato Gaúcho (técnico) e Valdir Espinosa (coordenador técnico). Ambos foram campeões da Libertadores e do Mundial, em 1983.

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Mas, apesar de estar perto de dar um título nacional e encerrar um jejum que dura 15 anos, Renato Gaúcho já havia passado duas vezes pelo clube sem o mesmo sucesso. Em 2010/11 e em 2013 não conquistou nenhum título, sendo vice do Brasileiro de 2013.

Já o Internacional não teve a mesma sorte. Após liderar o Brasileiro por algumas rodadas, iniciou uma fase de derrotas e caiu para a zona de rebaixamento. A diretoria demitiu Argel, que foi ídolo como jogador, e trouxe Paulo Roberto Falcão, ídolo máximo.

Mas acumulou fracassos. Foi demitido após dois empates e três derrotas.

Outro caso assim: Marcelo Oliveira. Ídolo, tendo jogado dez anos e conquistado diversos títulos pelo Atlético-MG, o treinador chegou a recusar uma oferta para treinar o Cruzeiro neste ano e logo depois acertou com o time alvinegro.

A história parecia caminhar para um final feliz. Disputou até há algumas rodadas o título do Brasileiro e chegou à final da Copa do Brasil. Mas a derrota para o Grêmio por 3 a 1, em Belo Horizonte, no primeiro jogo da decisão, fez com que fosse demitido pela diretoria.

NA EUROPA

Na Europa é mais comum ídolos assumirem o comando técnico do clube e isso ocorre em diferentes ligas nacionais.

Na Espanha, o Real Madrid é treinado por Zidane, que defendeu o clube por cinco temporadas e conquistou os principais títulos pela equipe merengue. Como treinador teve um início difícil, mas conquistou a última Uefa Champions League.

O Atlético de Madri também tem um ídolo no banco: o argentino Diego Simeone, campeão espanhol como jogador e técnico pelos Colchoneros.

Na Itália, Simone Inzaghi, campeão italiano como jogador, treina a Lazio. E vem tendo bom desempenho. A equipe é a quarta colocada na Série A.

Na Alemanha, o Hertha Berlin é treinador pelo ex-jogador Pál Dárdai, que jogou uma década pela equipe e é o recordista em partidas do clube no Campeonato Alemão.

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