Atlético de Madri enriquece, Simeone muda e defesa sólida já não é a mesma

O Atlético de Madri foi, por muitas temporadas, a grande sensação do Campeonato Espanhol, rivalizando com os gigantes Real Madrid e Barcelona, mesmo tendo muito menos recursos financeiros. Ao mesmo tempo, era exemplo por ter a “melhor defesa do mundo” com Diego Simeone. Em 2016/17, porém, a história é total e surpreendentemente diferente.

Para se ter uma ideia, a média de quase um tento sofrido por partida é atípico para o Atlético. Na temporada passada, por exemplo, foram 18 gols sofridos no campeonato inteiro, ou seja, em 38 partidas, com média de 0,47/jogo.

Se contabilizarmos os 15 primeiros duelos de 2015/16, o clube de Madri buscou apenas sete bolas em suas redes, portanto metade do que já buscou na atual temporada. O 14º gol sofrido à oportunidade aconteceu só na 30ª rodada, a oito do fim do campeonato. A “melhor defesa do mundo”, ontem formada por Oblak, Juanfran, Godin, Savic e Hernández, já não existe mais.

A má performance da defesa é responsável direta pela baixa colocação do Atlético de Madri, tanto que foi mal contra todos os seus principais adversários do Espanhol nesta temporada. Em 12 pontos possíveis diante de Barcelona, Real Madrid, Villarreal e Sevilla, conquistou apenas um.

Outro fator que pode explicar o desempenho é a mudança tática promovida por Simeone nos últimos jogos. Nas temporadas passadas, Koke foi um nome importante do meio-campo colchonero auxiliando também na marcação. Agora, o argentino resolveu dar mais liberdade ao jogador e fazer com que seu time ficasse ainda mais ofensivo.

Curiosamente, o declínio do Atlético vem justamente no período em que ela enriquece cada vez mais. Segundo o site Transfermakt, o elenco do clube vale 509 milhões de euros (cerca de R$ 1,8 bilhão) e é o sétimo mais valioso do mundo, atrás apenas de Real, Barça, Bayern de Munique, Manchester United, Manchester City e Chelsea.

Além disso, o time de Madri simplesmente não para de contratar jogadores. Em 2016/17 foram feitas seis aquisições, que resultaram em um gasto de 81 milhões de euros (R$ 286 milhões). Juntos, só o atacante Kevin Gameiro e o meia Nicolás Gaitán custaram 57 milhões de euros (R$ 201 milhões).

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