O enigma da linha de 5
Nesses últimos dias muito tem se falado na linha de 5 defensiva que muitos times vem adotando enquanto se defendem. Além dessa linha, alinham-se 4 meio campistas e 1 atacante, ocasionando um 5-4-1. A maior crítica que esse esquema recebe é o fato do time ficar muito defensivo, abdicando de jogar e armando uma verdadeira retranca. No entanto, nessa formação os alas, que recompõem para formar essa linha de 5, tem fundamental importância no momento ofensivo, posicionando-se como pontas, dando amplitude a equipe e formando um 3-4-3. Ou seja, não é o esquema que determinará se o time se posicionará de maneira defensiva ou não, mas sim os movimentos executados pelos jogadores em campo.
Esse esquema não é exatamente uma novidade no futebol, sendo implantado pela Costa Rica e pela Holanda na Copa de 2014.Nas últimas semanas o debate voltou a tona devido a forma de jogar do Chelsea de Antonio Conte, que ao se defender adota um 5-4-1 e ao atacar utiliza o 3-4-3. No entanto, diferentemente do que muitos pensam, ao adotar essa forma de jogar o time não se porta de maneira defensiva, se defendendo com maestria e sendo muito eficiente no ataque, especialmente nos contra-ataques.
Além do Chelsea, clubes como o Sevilla e Borussia Dortmund também implantam esse sistema de jogo e vem obtendo sucesso, apresentando boas atuações e obtendo resultados expressivos sem se portar de maneira defensiva, e por diversos momentos sendo times que propõe jogo, não se limitando a serem equipes reativas, que priorizam os contra-ataques, mesmo que eles sejam muito utilizados.
O Chelsea é um bom exemplo para mostrar que é possível se defender com 5 jogadores e não ser exatamente uma equipe defensiva, pois há uma grande diferença entre ter uma boa defesa e ser retranqueiro. No entanto, o fato de algumas equipes começarem a usar essa forma de se defender pode acabar, em alguns momentos, ocasionando partidas “chatas”, já que as defesas, ao serem muito eficientes, acabam anulando o adversário e dificultando o gol. Por outro lado, o fato dos sistemas defensivos se desenvolverem pode acabar estimulando uma melhora dos ataques, que para furarem o bloqueio do oponente devem criar novas ferramentas a fim de marcar os gols, o que tende a fazer com que o futebol evolua cada vez mais.
No momento defensivo os 3 zagueiros recebem a cobertura de Moses e Alonso, que fecham a linha de 5. Além disso, Pedro e Hazard voltam para formar uma linha de 4 no meio campo, com Diego Costa a frente.
Já quando vai ao ataque, os alas e os pontas avançam e o time se posiciona num 3-4-3, realizando varias triangulações e uma intensa movimentação no ataque, confundindo a defesa adversária.
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