O Sevilla de Sampaoli

Fundado em 1890 e apelidado de Rojiblancos, o Sevilla (ESP) vem conseguindo resultados significativos na temporada 2016/2017. Comandada pelo treinador argentino Jorge Sampaoli, desde a saída de Unai Emery, ao fim da temporada 2015/2016, que foi contratado pelo Paris Saint-Germain (FRA), a equipe situada a sudoeste da Península Ibérica ocupa o 3 º na La Liga 2016/2017 e está nas oitavas de final da Uefa Champions League.

Troca de comando

O treinador espanhol Unai Emery chegou ao Sevilla em janeiro de 2013, depois de passagens por Almeria (ESP), Valencia (ESP) e Spartak Moscou (RUS), e desde então se notabilizou pela força nas competições europeias que disputou. Ao todo foram 3 Ligas Europas e um incrível tricampeonato da competição, fazendo duelos épicos, como o que virou o jogo 2 vezes sobre o Dnipro (UCR) e venceu por 3 a 2 para se tornar bicampeão e o que bateu o Liverpool por 3 a 1 na Inglaterra e sagrou-se tricampeão da competição.

Unay Emery conseguiu muitos títulos importantes com os Rojiblancos.

Entretanto, o desempenho no principal torneio nacional não foi dos melhores, já que o Sevilla não chegou em nenhum momento a brigar pelo título da La Liga, sendo coadjuvante das três potências espanholas dos últimos anos, Atlético de Madrid, Barcelona e Real Madrid, tendo ficado apenas na 5 ª posição nas temporadas 2013/2014 e 2014/2015, e com a modesta 7 ª colocação na temporada 2015/2016, conquistando a vaga para a UEFA Champions League devido a uma mudança na regra, onde o vencedor da Liga Europa se qualificaria para a fase de grupos da Champions.

O desempenho de Unai Emery no comando da equipe de Sevilla foi de 52,2 % de aproveitamento, com 107 vitórias, 43 empates e 55 derrotas em 205 jogos à frente dos Rojiblancos.

Dedo de Sampaoli eleva o patamar do Sevilla

Após passagem de sucesso dirigindo a seleção chilena por 4 anos (2012-2016), Sampaoli assumiu o que tem sido, talvez, o maior desafio da sua vida. Encarar o dia a dia do futebol em uma equipe de grande expressão no cenário europeu.

E o treinador argentino parece não se assustar com nada. Mesmo assumindo uma equipe que figurava entre as melhores da La Liga nos últimos anos, Sampaoli sabia dos riscos de uma equipe que não conseguia segurar seus principais craques e que sofria com um desmanche a cada boa temporada que fazia. Exemplos disso foram Jesus Navas, Carlos Bacca e mais recentemente Éver Banega e Kevin Gameiro, que após brilharem pelos Rojiblancos, saíram para equipes de maior expressão no cenário europeu.

Mas a principal imposição de Sampaoli para assumir a equipe de Sevilla foi cumprida, a de o técnico ter autonomia para montar o seu plantel e em troca, daria os resultados esperados à direção Rojiblanca.

O treinador argentino compôs seu elenco com algumas promessas e com talentosos, mas desacreditados jogadores, dentre eles o brasileiro Paulo Henrique Ganso, que custou 9 milhões de euros, e que se encaixa nos dois perfis.

As principais estrelas do elenco vieram por empréstimo, casos do goleiro italiano Salvatore Sirigu, do ponta esquerda francês Samir Nasri e do atacante sérvio Stevan Jovetic.

Além deles, algumas promessas foram pedidas por Sampaoli, casos dos meio-campista Franco Vázquez, contratado junto ao Palermo (ITA) por 15 milhões de euros e Joaquín Correa, contratado junto à Sampdoria (ITA) por 13 milhões de euros e do atacante Wissam Bem Yedder, que veio do Toulouse (FRA), por 9 milhões de euros, segundo a Transfermarkt.

Tantos reforços e com o elenco na mão, os resultados logo apareceram, e Sampaoli conseguiu dar uma cara ao Sevilla, que no primeiro semestre conseguiu conciliar tanto a fase de grupos da Champions League, onde se classificou em segundo no grupo com Juventus (ITA), Lyon (FRA) e Dinamo Zagreb (CRO), como a La Liga, competição que o Sevilla ocupa a 3 ª colocação, com 43 pontos, dois pontos do vice-líder, Barcelona, e 4 pontos a mais que o 4 º colocado, Atlético de Madrid.

Nos play-offs da UEFA Champions League, a equipe de Sampaoli vai medir forças com a sensação da última temporada, Leicester City (ING), que avançou após vencer 5 dos 6 jogos na fase de grupos.

Já na La Liga, o Sevilla vem conseguindo se afirmar como equipe postulante a incomodar os gigantes Barcelona e Real Madrid. E mais do que isso, Sampaoli tem conseguido tirar a equipe de coadjuvante, e feito do Sevilla um personagem principal no campeonato espanhol, deixando Atlético de Madrid de Simeone e o submarino amarelo, Villareal, pra trás.

Talvez o maior deslize de Sampaoli esteja nas equipes pequenas, já que das 4 derrotas que teve, 2 foram para equipes de menor expressão, 2 a 1 contra o Granada e 3 a 1 contra o Espanyol, além dos empates contra o modesto Eibar e o Sporting Gíjon.

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