6 erros em Copas que poderiam ser corrigidos com o VAR

Pela primeira vez em um mundial de seleções, o árbitro de vídeo na Rússia foi uma inovação que busca evitar grandes erros

Uma cena tem se tornado comum para quem acompanha futebol, ainda mais durante a Copa do Mundo. O árbitro escuta recomendações em seu fone, faz um sinal que simboliza um televisor, e parte em direção a lateral do gramado para verificar eventuais irregularidades no VAR – Video Assistent Referee (Árbitro Assistente de Vídeo, em tradução livre).

Essa tecnologia que conta com auxílio do replay, e discutida há algum tempo em diversas partes do mundo, pode ser utilizada pelo árbitro principal em quatro diferentes situações: pênaltis, cartão vermelho direto, gols e identificação de atletas.

Desde a Copa de 2014, no Brasil, outra ferramenta foi utilizada: a “tecnologia da linha do gol”. Com ela, é possível definir de forma objetiva se a bola ultrapassou a linha de fundo entre a baliza ou não. Caso tenha ultrapassado, o árbitro de campo é notificado pelo seu relógio e confirma o gol.

Como foi visto, essas inovações são bem recentes. Porém, diversos erros grotescos em Copas do Mundo já aconteceram – e mudaram a história. Mas e se já existisse o VAR? O que aconteceria? Provavelmente muita coisa seria diferente… 

E o site Area H mostra para vocês.

1 – “LA MANO DE DIOS”

Maradona - La mano de Dios
Momento em que Maradona executa o lance discutido até os dias de hoje

Nas quartas de final da Copa de 1986, realizada no México, Argentina e Inglaterra se enfrentavam no Estádio Azteca. O placar estava empatado em 0 a 0, quando Maradona, de 1,65 metro, subiu para dividir uma bola aérea com o arqueiro inglês Peter Shilton. Na disputa, o argentino colocou a mão na pelota e marcou o gol que abriu o placar.

Mesmo com o ato irregular e protesto dos ingleses, a confirmação do gol foi mantida. Se o lance acontecesse nessa Copa, provavelmente o juiz de campo pediria revisão e anularia o tento de nossos “hermanos”.

Naquela ocasião, o jogo acabou com o placar de 2 a 1 a favor da Argentina, que avançou às semifinais da Copa, na qual se sagraria campeã.

2 – SIMULAÇÃO DE RIVALDO

Na Copa de 2002, sediada em dupla por Coreia do Sul e Japão, o Brasil levantou sua quinta taça. Um episódio, no entanto, ficou muito feio para a seleção no percurso até o título. Rivaldo, meio-campista e craque daquele time, estava pronto para cobrar um escanteio em partida contra a Turquia, na estreia no torneio.

De repente, o jogador brasileiro caiu com as mãos no rosto após ser atingido por uma bola na perna direita. Longe do acontecido, o árbitro correu até o atleta turco responsável por chutar a pelota em Rivaldo e o expulsou. Com a possibilidade de revisão no vídeo, talvez o juizão não tivesse expulsado o turco e ainda amarelasse o atleta brasileiro. 

3 – MARADONA REINCIDENTE 

Diego Armando Maradona
Diego Maradona, reincidente quando o assunto é mão na bola

Maradona voltou a protagonizar uma polêmica novamente, dessa vez quatro anos depois do bicampeonato albiceleste. No torneio de 1990, sediado na Itália, o camisa 10 da Argentina evitou um gol da União Soviética colocando a mão na bola, após a cobrança de um escanteio feita pelo time europeu.

Apesar da irregularidade, o jogo seguiu e os “hermanos” venceram a partida pelo placar de 2 a 0. Um erro da arbitragem como esse com certeza seria mais improvável de ocorrer com o assistente de vídeo. 

4 – A CAMISA RASGADA DE ZICO 

Zico com a camisa rasgada
O Galinho reclamou do puxão do defensor italiano, mas nada adiantou

A “Tragédia do Sarriá”, um dos eventos mais tristes na história do futebol tupiniquim, na Copa de 1982, ficou ainda mais dolorosa por uma irregularidade que prejudicou a seleção brasileira.

Na partida contra a Itália – em que a “Azurra” saiu vencedora por 3 a 2, Zico foi puxado dentro da área pelo zagueiro Gentile. O que seria a marcação de um pênalti (afinal, o puxão rasgou até camisa do jogador brasileiro), se tornou apenas lamento do craque canarinho e indiferença do árbitro, que mandou a partida seguir adiante.

5 – MALANDRAGEM DE NILTON SANTOS 

O Brasil, como muitas seleções, já foi bastante ajudado em Copas. Dessa vez, em partida da primeira fase contra a seleção da Espanha, na Copa de 1962, o lateral Nilton Santos cometeu falta no atacante Enrique Collar dentro da área. O craque do Brasil, no entanto, deu dois passos adiante e enganou o árbitro de campo, que assinalou infração a ser cobrada com barreira. No fim da partida, a seleção canarinho saiu vencedora com o placar de 2 a 1 na bagagem.

6 – PREJUÍZO PARA A ESPANHA

Fernando Morientes - Real Madrid
O espanhol Fernando Morientes, em ação pelo Real Madrid

A Fúria, em 2002, foi muito prejudicada pela arbitragem, e não tinha VAR para ajudar… Contra a Coreia do Sul, em partida válida pelas quartas de final do torneio, o árbitro egípcio Gamal Ghandour anulou dois gols dos espanhóis. Um dos tentos, marcado pelo atacante Morientes, foi anulado após, segundo a arbitragem, a pelota ultrapassar a linha de fundo (o que não ocorreu).

O segundo gol foi invalidado devido a uma discutida falta ofensiva da Espanha – um lance mais interpretativo. Nos pênaltis, os coreanos se classificaram às quartas de final com o placar de 5 a 3.

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