
Por que a Juventus sobra tanto na Itália?
Atual hepta campeão consecutivo e dono de 34 títulos da Série A Tim (Campeonato Italiano), a Juventus tem exercido uma grande supremacia na Itália, deixando seus rivais muito pra trás e se tornando cada vez mais soberana na terra da pizza e das massas.
Além disso, a Juve possui ainda 13 Copas da Itália, sendo ainda o atual tetra campeão da competição, bem como sete Supercopas da Itália, duas Liga dos Campeões da UEFA (1984/1985 e 1995/1996), três Liga Europa (1976/1977, 1989/1990 e 1992/1993) e duas Supercopa da UEFA (1984, 1996).
Mas quais os motivos da Juventus ser tão soberana nos últimos anos da Série A Tim?
Listamos abaixo alguns motivos para tamanha supremacia
1 – Tem o elenco mais caro do campeonato italiano segundo dados da Transfermarkt.

A La Vecchia Signora, como é conhecida na Itália, possui um valor de mercado de 809,5 milhões de euros. Para se ter noção da grande disparidade em relação a seus concorrentes, o segundo elenco mais valioso da Série A é a Inter de Milão, com valor de mercado de 567,4 milhões de euros, ou seja, 242,1 milhões a mais que o segundo colocado.
Se compararmos a Juventus com o Chievo Verona, que possui o menor valor de mercado, a diferença é gigante, já que a equipe possui um valor de 33,75 milhões de euros, ou seja, incríveis 775,75 milhões de euros a menos que La Vecchia Signora.
2 – Alto poder de investimento e craques mundiais

Um segundo fator que torna a Juventus uma equipe quase imbatível na Itália é o seu elevado poder de investimento, o que possibilita ao clube contratar ninguém menos do que Cristiano Ronaldo, em transação que custou 117 milhões de euros.
Ainda segundo dados do Transfermarkt, o clube fechou a janela de transferências com um balanço negativo de 157,4 milhões de euros, algo que apenas uma equipe muito rica se dá ao luxo de fazer.
Além de CR7, a Juventus conta ainda com várias estrelas mundiais e jogadores caros em seu elenco, casos de Bonucci e Chiellini, Alex Sandro, Khedira, Matuidi, Pjanic, Douglas Costa, Dybala e Mandzukic.
3 – Se alimenta de grandes jogadores adversários

Por ser uma das principais potencias do futebol italiano há muitos anos, a Juventus acaba atraindo o interesse de muitos jogadores do próprio campeonato italiano, que tem como principal ambição atuar pela La Vecchia Signora e pela seleção italiana.
No elenco atual, 21 dos 24 jogadores da equipe atuam por suas seleções nacionais (há 14 estrangeiros no plantel), e com certeza esse acaba sendo um fator determinante para que a Juventus consiga trazer destaques de outras equipes para se juntar à La Vecchia Signora.
Confira de onde vieram os jogadores de equipes italianas que hoje compõem o elenco da Juventus:
Mattia Perín (Gênoa – 2018), Carlo Pinsoglio (Latina Calcio – 2017), Leonardo Bonucci (Milan – 2018), Daniele Rugani (Empoli – 2015), Giorgio Chiellini (Fiorentina – 2005), Mattia De Scliglio (Milan – 2017), Miralem Pjanic (Roma – 2016), Federico Bernardeschi (Fiorentina – 2017) e a estrela Paulo Dybala (Palermo – 2015).
4 – Sabe aproveitar as oportunidades do mercado de transferências

Com um elenco muito sólido e com poucas mudanças entre o plantel de uma temporada e da temporada seguinte, principalmente após a chegada de Allegri em 2014, além de captar jovens talentos italianos, a Juventus tem adotado uma postura de revelar menos craques, e investir em promessas e jogadores consolidados de outras equipes europeias e sul-americanas.
Por isso vemos que no elenco atual de 24 nomes, apenas Leonardo Spinazzola e Moise Kean foram revelados na Juventus, sendo os outros 22 atletas adquiridos junto a outras equipes.
Como jogar na La Vecchia Signora é cada vez mais atrativo, os atletas tem abraçado cada vez mais o projeto da equipe italiana, principalmente porque o clube tem feito excelentes temporadas não apenas na Itália, como também nas competições europeias, com destaque para a Champions League, campeonato que hoje a Juventus sempre entra como uma das favoritas ao título.
Dos atletas que vieram de fora da Itália, podemos ver que em geral são transações de valores médios e altos, mas que acabam compensando muito, e trazendo muitos benefícios dentro de campo para a Juve.
Abaixo os jogadores contratados e de onde vieram, comprovando o faro predador e o espírito vitorioso da Juventus também no mercado de transferências:
Wojciech Szczesny (Arsenal), Medhi Benatia (Bayern de Munique), Andrea Barzagli (Wolfsburg), Alex Sandro (Porto), João Cancelo (Valencia), Emre Can (Liverpool), Rodrigo Bentacur (Boca Juniors), Blaise Matuidi (Paris Saint-Germain), Sami Khedira (Real Madrid), Douglas Costa (Bayern de Munique), Cristiano Ronaldo (Real Madrid), Juan Cuadrado (Chelsea), Mario Mandzukic (Atlético de Madrid)
5 – Mantem um elenco coeso e com poucas modificações
Um primeiro ponto é a permanência do treinador italiano Massimiliano Allegri desde 2014, o que torna a equipe muito pronta e adaptada ao seu estilo de jogo, o que vem dando muito certo até aqui.
Além disso, as poucas mudanças no elenco são fundamentais para que a equipe permaneça sempre nas cabeças da Itália, já que muda-se muito pouco a forma de jogar e os poucos atletas que chegam conseguem rapidamente somar e se adequarem ao estilo de jogo implementado pelo treinador.
Para se ter ideia da coesão da diretoria nas contratações, na atual temporada vieram apenas o goleiro Mattia Perín, junto ao Gênoa, para reposição da saída do ídolo dos bianconeros, “Gigi” Buffon, o zagueiro Leonardo Bonucci, que retornou à Juventus após passagem apagada pelo Milan (em troca por Gonzalo Higuaín), o lateral-direito João Cancelo, que substitui o suíço Stephan Lichtsteiner, que foi para o Arsenal (ING), o volante Emre Can, que veio de graça junto ao Liverpool após assinar pré-contrato com a Juve, e a estrela Cristiano Ronaldo, o CR7, que chegou como principal contratação da temporada e acabou ocupando a vaga de Gonzalo Higuaín.