
O Império Red Bull no futebol mundial
Empresa austríaca de nível mundial, a Red Bull tem se mostrado cada vez mais apaixonada por esportes.
Afinal, são investimentos em vários esportes radicais como skate e duas equipes de Fórmula 1.
No entanto, o grande investimento da empresa é no futebol, onde injeta dinheiro há 14 anos.
Até a temporada atual, a Red Bull já fundou ou comprou parte de cinco clubes pelo mundo, espalhados entre a Europa, América e África.
Tal investimento traduz a ambição da Red Bull em se tornar uma potência mundial com suas muitas equipes.
Tentativa, erro e acerto

Assim como ocorre com diversos projetos, nem tudo são flores.
E foi o que aconteceu com o Red Bull Ghana, fundado em 2008, mas que teve suas atividades encerradas em 2014.
Apesar da duração de apenas seis temporadas, a equipe teve tempo de disputar a Copa de Gana, mas sem muito destaque.
Com isso, o Red Bull decidiu retirar seus investimentos na equipe, e expandir seus horizontes para outros continentes.
Soberania em casa

Ainda que atualmente a Red Bull seja conhecida como uma multinacional de sucesso no ramo das bebidas energéticas, seu sucesso como administradora e parceira de equipes de futebol também é muito reconhecida, principalmente no país natal da empresa, a Áustria.
Em abril de 2005 a Red Bull comprou uma equipe austríaca chamada SV Wüstenrot Salzburg, que à época tinha três títulos do Campeonato da Áustria, mas que não era uma das equipes mais famosas do país.
E juntamente com a compra veio uma grande injeção de dinheiro na equipe que já na sua primeira temporada começou a colher os frutos.
Principal expoente de sucesso da empresa de energéticos, o agora Red Bull Salzburg se tornou uma máquina de títulos na Áustria, ganhando 11 títulos do Campeonato Austríaco em 13 temporadas disputadas.
Além disso a equipe venceu seis Copa da Áustria e começou a se projetar também na Europa, chegando às semifinais da Liga Europa na temporada 2017/2018 e disputando a atual fase de grupos da UEFA Champions League.
Projeto ambicioso

Após iniciar seu projeto de sucesso no Red Bull Salzburg, a empresa de energéticos rapidamente deixou clara a sua filosofia.
Investir em jovens talentos, fazer muito dinheiro, e investir em novos jovens talentos.
Até por isso, a Red Bull buscou expandir seus horizontes e se instalar em países com muitos jovens promissores no mundo da bola.
E suas escolhas para dar continuidade a esse projeto foram Brasil, EUA, Alemanha, e Gana (onde a equipe deixou de existir).
Nos EUA, a empresa comprou o antigo New York MetroStars em 2006, equipe que nunca foi grande na MLS.
Desde então a nova equipe chamada New York Red Bulls mudou seu patamar, conquistando por três vezes a MLS Supporters Shield (2013, 2015, 2018), por ter tido a melhor campanha da temporada regular da MLS, mas nunca chegou a ganhar um título.
RasenBallsport ou Red Bull Leipzig

Atualmente considerado o maior projeto ligado à Red Bull, o RB Leipzig foi criado em maio de 2009, e é considerada a equipe mais odiada da Alemanha.
E tanto ódio se dá pelo estatuto da Associação Alemã de Futebol que não permite que uma empresa seja dona de um clube de futebol e faça parte da identidade do clube.
Além disso, o ódio dos rivais com o RB Leipzig tem a ver com a rápida ascensão da equipe nas divisões inferiores da Alemanha até o sucesso na Bundesliga (1ª divisão)
Na temporada 2009/2010 o RB Leipzig começou a sua jornada na 5ª divisão alemã, onde pouco a pouco foi encorpando seu projeto, onde já na sua primeira temporada subiu para a 4ª divisão.
E de subida em subida o Leipzig chegou à Bundesliga em 2016/2017, onde em sua primeira temporada foi vice-campeão, atrás apenas do Bayern Munique.
Com o estabelecimento do projeto da Red Bull na Alemanha, na temporada 2017/2018 o RB Leipzig disputou sua primeira Champions League, mas como foi terceiro do grupo, disputou também a Liga Europa, onde caiu nas quartas de final.
Além disso, a equipe se tornou visível e revelou muitas jovens promessas para o mundo da bola.
Dentre os principais nomes estão Timo Werner, Nabi Keita, Lukas Klostermann, Dayot Upamecano e Emil Forsberg.
Red Bull no Brasil

Assim como ocorreu com o RB Leipzig, o Red Bull Brasil foi criado com o objetivo de revelar talentos para o cenário mundial.
Fundado em 2008, a equipe iniciou sua jornada na quarta divisão paulista.
No entanto, rapidamente conseguiu crescer e subir de divisões, estreando na primeira divisão em 2015.
Em 2016 a equipe disputou sua primeira Copa do Brasil e em 2017 ganhou a vaga na Série D nacional.
Só que em 2019 a equipe chamada Red Bull Brasil se fundiu ao Clube Atlético Bragantino, com o objetivo de ter um projeto mais consolidado.
Com isso, o antigo RB Brasil passou a ser uma espécie de equipe B do Bragantino, tendo apenas atletas até 23 anos.
Por outro lado, o efeito Red Bull no Bragantino fez um efeito muito rápido.
Atualmente a equipe foi campeã Série B com 75, 10 a mais do que o 2º colocado.
E agora, a Red Bull está colocou mais uma de suas equipes na elite do futebol de seu país.
Projeto ousado para o RB Bragantino

Com a Série A já virando realidade para o novo investimento da Red Bull, o RB Bragantino, o projeto para 2020 em diante é muito promissor.
Segundo o jornal português “A Bola”, a empresa promete investir cerca de 200 milhões de reais na equipe brasileira, que será dividida entre melhorias de instalações e contratações.
Seguindo o mesmo padrão de suas outras equipes, a ideia é contratar jovens promessas e tornar a equipe referência em valores e também em força.
Com isso, além do alto investimento no RB Bragantino, a Red Bull projeta que a equipe estará disputando a Libertadores da América nos próximos cinco anos.
Além disso há também uma projeção do RB Bragantino conquistar o Brasileirão também nos próximos cinco anos.
Para isso, já em 2019 a Red Bull investiu 50 milhões de reais no RB Bragantino.
Outra mudança de patamar da equipe é a folha salarial, que é a maior da Série B, com 2 milhões de vencimentos mensais.
Dentre os destaques estão os atacantes Ytalo, 31 anos e Claudinho, 22 anos, e os volantes Uillian Correia, 30 anos, e Ricardo Ryller, 25 anos.
Além disso, o RB Bragantino está mapeando muitos jovens talentos pelo Brasil, como o goleiro Cleiton, 22 anos do Atlético-MG.
A ideia é que a equipe também se notabilize por mostrar jogadores para o mundo e que esses atletas rodem entre os outros times administrados pela Red Bull pelo mundo.
Com isso, a empresa de energéticos mostra novamente sua força no mundo da bola, e agora, vem com tudo no Brasil!